Quando saí de manhã para passear a Milka, encontrámos um cãozinho farrusco, cheio de pêlo até aos olhos, com uma capinha para a chuva, a passear na rua. Assim que viu a minha bicha, giraça e novinha, veio logo meter o nariz. Fomos andando, andando, ele atrás de nós, eu a olhar à volta, mas do dono não havia sinal. À medida que me ia afastando, ia ficando mais preocupada e dizia ao bicho para ir para casa (fosse lá onde isso fosse), mas como é óbvio, ele borrifou-se para mim e vá de vir atrás da Milka. Mas macho que é macho, também se cansa e chegou ao ponto em que decidiu ir à vida dele, só que em vez de voltar atrás, seguiu em frente. E eu a ver aquilo e já a fazer um filme, mais um cão a perder-se de casa, coitadinho, tudo isto porque calhou-lhe um dono inresponsável. Entretanto, volto para trás e começo a ouvir uma velha a chamar por "Milu" (ou algo do género) e vi logo. A tótó da velha era a dona do bicho. Lá desato eu a correr em direção à velha, chamo-a, confirmo que é a tótó da dona do cão e digo-lhe em que direção ele foi. Mas sinal dele, já não tinha.
Não sei se o achou ou não. Sei que se não fosse eu, porque cada um estava a ir numa direção oposta, a tarefa ia ser ainda mais difícil. E eu fico a pensar neste tipo de pessoas, que não tem um pingo de responsabilidade, consciência, ou simplesmente, inteligência. Será que pensam que se largarem o cãozinho e o mandarem à vida dele, ele depois toca à porta de casa quando quiser voltar? Estas coisas moem-me. A sério.
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