Hoje acordei às 2h30m da manhã.
Reparei que continuava sozinha na cama. O homem chegou, poucos minutos depois, quando ainda estava acordada. Entrou no trabalho às 9h e chegou a casa às duas e meia da manhã. Reunião urgente, disseram os chefes. Quando me mandou um sms às 19h30m a informar, comecei a espumar, nada estava arder que não pudesse esperar pelo dia seguinte. Duas horas depois, liga-me. Pelo barulho, pensei que estivesse a caminho, mas não, estava no centro comercial, a comer qualquer coisa para regressar à reunião urgente.
Choca-me esta falta de respeito pela vida pessoal das pessoas. Como é que podem achar normal, chamarem as pessoas às 19h30m, depois de um dia de trabalho, para uma reunião, supostamente urgente e prolongar aquilo até de madrugada? As pessoas têm família, compromissos e até aquela necessidade básica chamada "descanso". Eu conheço esta área, trabalho nela, compreendo quando acontecem imprevistos, quando é preciso dar um bocadinho mais de nós. Mas esta reunião urgente era por causa de atrasos, atrasos conhecidos à muito tempo. Não teria sido mais respeitoso e de bom senso, pedir às pessoas envolvidas para reservarem o dia de hoje e começarem bem cedo, a reunião e só terminarem, quando o assunto estivesse orientado? Não, claro que não. Avisar no próprio dia, quando as pessoas estão a sair para casa, é que é. E depois é só mantê-las acordadas a trabalhar até de madrugada. Isso sim, é boa gestão.
Claro que fico fula com isto. É das coisas que mais mexe comigo. Mas como não posso insultar quem está por detrás da ideia genial, chateio-me com quem se limita a aceitar ordens.
Hoje, às duas e meia da manhã, pedi desculpa. Nem sei se ele ouviu, tal não foi a rapidez com que adormeceu. Mas pedi. Já basta a porcaria do emprego para chatear uma pessoa.
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