Toda a gente sabe que gosto de agricultura. Que me entusiasmo com o semear e me encho de orgulho quando consigo colher. Faço tudo com gosto. E este sábado não podia ter sido pessoa mais feliz. Comecei cedo, às 9h, a limpar o terreno. Ao fim de cinco meses de ausência, não havia terra visível, só cardos e ervas daninhas gigantes. Não sei quantas horas passei a limpá-lo de rabo para o ar. Sei que ainda estava longe do fim e já estava à rasca dos gluteos e dos aductores. Ao fim de tudo limpo e várias viagens ao contentor para despejar a vegetação, foi preciso lavrar a terra (com uma enchada mais pesada que eu). Ficou bonito e com um ar muito profissional. Já eu fiquei para morrer. Até dor de burro me deu. Por isso, quando chegou o moço com a terra, pedi-lhe para a deixar na beira do canteiro para ser mais fácil acartar com as sacas lá para dentro. Eu não sei como é que ficou o corpinho dele, mas não me admirava se hoje ele ainda se lembrasse de mim. E eu, que já estava bem amassada, depois de pegar em 30 sacas gigantes e virá-las ao contrário, fiquei totalmente KO. Eram umas 18h quando terminei de objetivo cumprido: canteiro com terra e florzinhas semeadas.
Chocante foi perceber que o raio do canteiro ainda levava, na boa, mais uns 10 sacos. Mas para ser sincera, estou-me borrifando. Isto agora é semear e pronto.
Bom, mas no sábado à noite, toda a parte de trás do meu corpo, mais as mãos e os dedinhos, me doíam. E já dá para imaginar... se no sábado estava assim, ontem estava ainda pior. Quando regressei da viagem, quase não consegui sair do carro. Valeu-me não haver curvas apertadas para fazer, senão tinha ido a direito. Com o passar do dia, nada melhorou. Aliás, eu hoje estou tão mal como ontem. É que até tomar banho é doloroso, já que o passar da esponja pelo corpo me faz doer os músculos!
Daqui a duas semanas haverá novo episódio de jardinagem, menos intenso, já que não haverá vegetação do demo para arrancar. Se tudo correr como previsto, estarão duas árvores e alguns arbustos à minha espera para semear.
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