Quando se gosta de uma coisa a sério, volta na volta, vamos sempre esbarrar com ela. É certinho. E quando isso acontece, ficamos a remoer, a remoer e das duas uma, ou atiramos-nos de cabeça, ou voltamos a fugir até ao próximo encontro. E isto aplica-se a tudo, do amor a coisas tão básicas como um par de sapatos. Comigo foi com um carro (cada um com a sua maluquice). Há anos, já nem sei quantos, que o andava a namorar. Gostava muito de o ter mas o sacana era caro. E foram-se metendo outras coisas e o tempo foi passando. Mas quando o tema era carros, era sempre naquele que eu pensava. Claro que havia (e há) melhores, todos com um preço mais estúpido, mas fora isso, aquele é que era a minha cara, aquele que imaginava para mim. O ano passado, por volta desta altura, decidi chegar-me à frente, fui ao stand, fiz um test-drive, choraminguei por descontos e no final, ficou tudo na mesma. Por casmurrice (e princípios financeiros) não o comprei por 3000€. Depois apareceu a casa nova e mentalizei-me que o tema "carro novo" estava morto e enterrado. Só que não. A vida é tramada e na rua da casa nova há um vizinho que tem "o" carro. Juro que fiquei pa morrer. "Não é justo, não é justo, não é justo!", pensei para mim. Quase todos os dias ali estava o carro do vizinho a moer-me o juízo, tal e qual uma pedrinha no sapato. Rendi-me e fui novamente procurar "o" carro, só que em vez de novo, usado. E achei. Não é exatamente como eu o escolheria se fosse novo, mas às vezes não podemos ser picuinhas. Amanhã, se a seguradora colaborar, a minha história "carro novo" termina e com um final feliz.
Moral da história: Quando é para acontecer, acontece mesmo. E se é para nos fazer feliz, que aconteça rápido. Não vale a pena complicar. Parece uma sequência de frases feitas, mas é assim mesmo. E já o Pharrell Williams dizia:
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