Há muitos anos atrás, o homem foi trabalhar para a Namíbia durante uns meses e ele, que foi meio a medo e sem saber o que esperar, regressou com a certeza absoluta que um dia ia voltar. Dos muitos locais onde esteve, foi este o país que mais o marcou e onde se conseguia imaginar a viver. Tinha também uma outra certeza: que eu ia sentir o mesmo.
Este ano parámos de adiar a aventura e começámos desde cedo a planear a viagem. Comprámos as passagens de avião e optámos por contactar uma agência da Namíbia para tratar do roteiro, carro e reservas. A Cardboard Box tem vários programas, incluindo opções de self-drive. As sugestões passam por incluir os sítios mais turísticos mas adaptam-se aos gostos de cada um e nós chegámos a pedir para incluir alguns sítios que não estavam inicialmente programados. Posso dizer que tudo correu na perfeição e que são super profissionais. Por isso, sem medos!
Tudo programado e pago, foi seguir viagem. Após sete horas e meia de voo até Luanda, mais três horas nesse aeroporto fantástico (not!) e mais outras duas horas e meia de voo, pussemos finalmente, os pés na Namíbia. A entrada no país foi uma pincelada bem grande, quase uma hora para carimbarem o passaporte. Depois, mais uma macacada para trocar dinheiro. Dado que o dólar da Namíbia não é assim uma moeda muito famosa, optámos por fazer o câmbio no aeroporto de lá. Nós e mais todas as pessoas que estavam no avião. Foi uma seca. Mas lá estava o senhor da agência para nos receber, esperou pacientemente e lá nos levou até aos escritórios para nos entregarem o carro. Pelo caminho, eu já estava encantada com tantos Babuínos e Warthogs na beira da estrada. Bla bla bla, papeladas, cenas e coisas, chave na mão e vamos a isso. Felizmente, não tivemos que andar muito para chegar à Villa Violet Guesthouse onde íamos dormir essa noite, é que para além do cansaço da viagem, pegar num carro com o volante à direita e toca a conduzir pela esquerda, não é fácil de todo! Valeram-nos as mudanças automáticas e o GPS.
E o primeiro dia foi muito isto, chegámos vivos, as malas não se perderam (tinhamos mesmo muito receio disto), jantámos no mais famoso restaurante de Windoek, o Joe's Beerhouse e deitámos bem cedo. A aventura ia começar no dia seguinte...
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