Segunda feira estava a ser um dia calmo. Pouco trânsito, trabalho sem stress, a tranquilidade que se espera quando há um feriado à terça. Mas tudo descambou a partir das 18h e durante hora e meia gerou-se a maior sequência de acontecimentos inacreditáveis que me faz acreditar que alguém me lançou uma macumba e das grandes.
Acontecimento Inacreditável Nº1:
Saio do trabalho e dirijo-me ao carro. Quando me aproximo, vira-se o senhor do serviço de lavagens lá da garagem e diz-me "Olhe, eu não sei se já reparou, mas o seu carro está torto.". Perdão? Está torto? Começo a olhar e efetivamente estava. O senhor até foi buscar uma fita métrica para comprovar que há uma diferença de 1cm entre o lado direito e o esquerdo. "Bonito, ainda na sexta feira o fui buscar à oficina e agora tenho de lá voltar. Cum caraças.".
Acontecimento Inacreditável Nº2:
Meto-me no carro para ir à oficina e nem 5min depois, toca-me o telefone. Do outro lado, uma pronúncia alentejana carregada. O homem da distribuidora desaparecido. Conversa p'aqui, conversa p'ali e vai de lá que o homem diz-me que o Continente nunca lhe tinha feito uma encomenda ao fim de semana, que não trabalha ao fim de semana (ora essa) e que até viu que estava lá qualquer coisa no sistema, mas ignorou e se por acaso, eu não podia ir receber a encomenda hoje. Já com pouca paciência para o assunto, expliquei que não moro lá e que não ia de certeza lá estar. Terminámos a conversa com o compromisso de ele me ligar hoje para saber se eu tenho alguém para receber a encomenda. Isto porque eu queria ainda falar com o Continente, voltar a reclamar (agora com mais um argumento) e exigir o pagamento da encomenda.
Acontecimento Inacreditável Nº3:
Dirijo-me finalmente à oficina, entro lá pa dentro e digo "O meu carro está torto". Ficaram a olhar para mim com a mesma cara de parva que eu tinha feito quando o senhor das lavagens me disse o mesmo. Puseram-se a olhar e confirmaram o óbvio. "Pois, isto agora só colocando em cima do elevador e ver o que se passa, mas é molas de certeza. Só que os senhores do elevador já saíram". Ora sim senhor, a oficina fecha às 19h, mas os senhores do elevador saem às 18h. E eu tenho que cá voltar. Que feliz que eu estou. Lá combinámos que voltava quinta (amanhã) e que depois alguém de lá me ia dar boleia até ao trabalho (e provavelmente, buscar).
Acontecimento Inacreditável Nº4:
Saio da oficina e vou a voar ao supermercado, porque precisava mesmo de comprar umas coisinhas. Mal entro, quem é que me liga? O Continente! "Já sabemos que falou com o distribuidor e já acordou uma data.". Pumbas. Explodi. "Combinei uma data coisa nenhuma" e assim nestes termos começou uma conversa que durou 20min, onde me queixei de tudo, incluindo a última novidade da distribuidora, onde expliquei o custo da viagem, que não posso lá ir novamente e que mesmo que arranjasse alguém para a ir receber, a encomenda está por pagar e não é qualquer pessoa que tem 100€ para poder dar assim. A culpa é única e exclusiva do Continente e por isso exigi que me pagassem a encomenda. No fim de tanto reclamar, lá ficaram de ir ver o que podiam fazer e disseram-me que ligavam hoje. A ver vamos. E enquanto esta conversa decorria, gostava que alguém me tivesse filmado porque eu parecia uma barata tonta, dentro do supermercado, sem olhar para nada, mas sempre a andar para trás e para a frente. Fula.
Quando cheguei a casa tinha uma dor de cabeça gigante, instalada logo por cima do olho direito. Só me apeteceu enterrar a cabeça numa almofada. Em vez disso, tomei dois comprimidos e fui jantar fora. Afinal de contas, eu não mereço tanto azar junto.
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