Nas férias li o romance "Quando Lisboa Tremeu". É ficção, as personagens não existem, mas retrata do melhor modo possível o drama e a destruição de quem vê tudo destruído à sua volta em poucos minutos. Primeiro a confusão, depois o choque e depois a sobrevivência. Talvez por ter isto ainda muito fresco na memória, as histórias e as imagens do que se vai passando em Itália fazem-me estremecer um pouco e pensar se fosse aqui. Agora. Neste momento. Toda a gente sabe a teoria, mas na prática, tudo pode ser diferente. Lembro-me de ser miúda e falarmos em casa (provavelmente, no seguimento de uma desgraça destas) dos melhores sítios para nos protegermos. Devo ter achado importante, porque ainda hoje me lembro do meu pai dizer que debaixo da mesa da cozinha ou bem encostada numa das vigas principais da casa eram os sítios.
Passados muitos anos, este livro e o caso de Itália fazem-me retomar consciência do perigo que um pequeno abanão pode fazer e dou por mim a pensar muitas vezes no que faria se fosse agora. E por incrível que pareça, penso muito na minha Milka e sinto um aperto no coração. Por isso, é bom acreditar que vai correr tudo bem. Até porque existem notícias destas para ajuda:
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