O segundo dia no Etosha foi passada a fazer safari. Safari, safari e mais um pouco de safari. Não tenho noção de quantos quilómetros fizemos dentro do parque, mas fazendo as contas em horas, deve ter sido coisa para sete horas. E claro que não vimos tudo! Mas é muito fácil perder-se a noção do tempo, entre seguir as rotas, parar para ver os animais, tirar fotos e escolher o novo caminho, só damos conta do tempo quando a fome aperta. No nosso caso, tinhamos sempre snacks dentro do carro e assim estávamos mais à vontade.
Aqui está uma imagem de um excerto de mapa do Etosha:
Durante este dia estivemos a fazer, basicamente, todos os caminhos de Okaukuejo a Halali e parámos em todos os water holes que havia. Não me recordo se foi neste dia, se no seguinte, que vimos leões, apenas dois, um casal e muitoooooooo ao fundo e bem camuflados. E claro, só vimos porque estavam imensos carros parados e todas as pessoas a olhar na mesma direção. Mas mesmo assim longe, são animais tão majestosos, tão imponentes, tão belos, tão impressionantes, que a sensação com que ficamos é de uma felicidade imensa. Aposto que muita gente diria "mas no jardim zoológico também vês e mais próximo". Pois... é certo, mas a verdade é que não tem nada a ver. Talvez, só quem ame animais é que consegue ver a diferença...
Para além dos muitos animais que vimos, seja em quantidade, seja em variedade, outra coisa que impressiona é o "Etosha Pan". Quase um quarto da dimensão total do Etosha, o "Pan" é um enorme lago seco e salgado, com uma tonalidade verde e branca e onde não nasce absolutamente nada. E se assim seco impressiona, se pensarmos que há milhões de anos atrás, este lago estava cheio de água, a imagem que criamos na nossa imaginação é para lá de deslumbrante.
E depois de tantas horas metidos no carro, depois do jantar, decidimos fazer um safari à noite. É uma das opções disponíveis no resort, naturalmente feito com um guia e cujo objetivo é mostrar a vida noturna. Eu achei que ia ser fantástico porque muitos dos animais estão escondidos durante o dia, seja pelo calor (faz mais de 40º!), seja pela sua própria natureza. Mas infelizmente, foi um fiasco. Não só porque vimos muito poucos animais, mas mais por achar que não havia nenhuma preparação. Posso dar o exemplo que tive quando fiz uma excursão à noite em Cabo Verde, para ver tartarugas. O guia estava em constante contacto com outros para orientar em que zonas elas poderiam estar. aqui pareceu-me muito "pega no carro, dás umas voltas e regressa". E nem vale a pena falar da confusão que foi marcar esta excursão...
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