Andar de transportes públicos é capaz de ser o melhor modo para apanhar uma doença ou duas. Claro que para quem tem um corpinho de ferro como eu, é preciso mais que isso, mas esta semana, confesso que fui posta à prova.
Durante esta semana já apanhei três pessoas terrivelmente "tuberculosas". Tossem, tossem, tossem, consecutivamente, até à exaustão e só não lhes salta um pulmão porque fisicamente é impossível. Chega a ser constrangedor, tanto para quem tosse como para quem o rodeia. Juro que no outro dia pensei que o senhor à minha frente morria ali. E ontem foi a mesma coisa. Uma senhora menos discreta que eu, fartava-se de olhar para o senhor que tossia compulsivamente, certamente a pensar que este não chegava ao final da viagem.
Um ataque de tosse toda a gente tem, mas estas pessoas estavam doentes. Provavelmente achariam que não estavam suficientemente mal para faltarem ao trabalho, ou se calhar, não podem mesmo faltar. Mas não deveria a saúde deles estar primeiro? E a saúde dos outros? Porque nos transportes públicos não andam só pessoas "resistentes", há também crianças e idosos (muitos). E um espaço pequeno e quentinho facilmente se transforma num ninho de vírus.
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