Acho que só quem gosta muito de ler e sente prazer ao agarrar um livro, compreende o que é ir à feira do livro, subir e descer o Parque Eduardo VII vezes sem conta, olhar para centenas de capas de livros durante horas a fio, desviar-se de dezenas de pessoas, levar com sacos, com encontrões, desviar de carrinhos de bébé, travar de repente porque a pessoa à nossa frente viu alguém conhecido e é ali mesmo que pára para dizer "Por aqui?!" e repetir tudo ano, após ano.
Eu gosto e faço por não perder uma edição. Por isso, é que notei que este ano havia mais para além de livros, cachorros e farturas. Para minha surpresa, havia dois depósitos para deixar livros que não queremos. E nem podia vir em melhor altura, tinha saído de casa a "queixar-me" que me queria ver livre de alguns livros e não sabia o que lhes fazer. Claro que não os levei comigo e por isso, vou ter de lá voltar. Depois, as barracas de comida. Ele havia quiosques de fruta, autocarros que eram pizzarias, sumos naturais por todo o lado... Eu não comprei nada, porque sou muito esperta e fui para lá de barriga cheia, mas é bom saber que nos pode dar fome sem cair em desgraça.
Depois de muitas subidas e descidas, cheguei ao fim com dois livros. "Eleanor & Park", o único que queria mesmo comprar (e que me vi à rasca para achar). Pus-lhe o olho em cima há algum tempo na Fnac e fez-me lembrar os livros simples que lia quando era mais miúda. Um romance previsível e que de algum modo, nos faz sentir que pode acontecer a qualquer um. Acho que o vou ler em três tempos! "A rapariga no comboio", comprei por impulso. Já tinha lido algures que era bastante bom, intrigante e com suspense, um estilo que gosto. Vi-o e não resisti.
Agora é esperar por férias, que uma pessoa mal dá conta do recado, quanto mais ter tempo para ler.
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