Herdade Da Matinha

Depois de quase uma semana no Monte do Álamo, o destino seguinte foi a Herdade da Matinha, que fica para os lados do Cercal, Vila Nova de Mil Fontes. A expectativa era altíssima, já tinha visto imensas fotos bonitas e testemunhos que aquilo era um paraíso. É um erro uma pessoa ir a qualquer lado a pensar assim, mas eu achava que chegava lá e nunca mais me queria vir embora e que aquilo era tudo o que eu queria para mim. 

Sejamos sinceros, aquilo é espetacular. Os espaços públicos da casa são tão bonitos e decorados com tanto bom gosto, que uma pessoa perde-se nos detalhes. E sim, dá vontade de meter um quadro, uma jarra ou uma peça antiga qualquer dentro da mala. Houve duas divisões em particular que me encantaram por completo: a cozinha, com inúmeros aparelhos e móveis antigos e a sala exterior, com sofás, mantas e jarras, tudo cheio de cor. 

Mas quando uma pessoa vai com a expectativa nos máximos, tem sempre mais olho para apanhar pequenas coisinhas que "não se admite" num espaço daqueles. O quarto, por exemplo. É mínimo e pouco funcional. Tem muito pouca arrumação e para quem levava uma mala preparada para duas semanas, foi preciso repensar bem onde se ia enviar a tralha toda. E embora a decoração seja retro, encontrar ferrugem nalgumas peças, tinta a saltar das paredes e não conseguir fechar a porta da casa de banho, é levar o antigo além do desejável. E depois há o pateo, que é enorme e muito mal aproveitado. O que é uma pena, porque ao final do dia e à noite, sabia muito bem lá estar.

Também a piscina e a zona das espreguiçadeiras é demasiado pequena para o número de pessoas que o hotel leva, principalmente, no verão, quando está lotado. Colocavam mais meia dúzia de puffs e estava feito.

Por fim, um grande senão deste hotel. O acesso. Em lado algum vi avisos a dizer que o acesso se fazia em 3km de terra batida, em bastante mau estado nalgumas zonas. Se tivesse ido no meu carro, estava bem tramada. O senhor do Porsche que lá estava hospedado deve ter adorado.

Lembrei-me agora de outra coisa que também não gostei. O dono daquilo todos os dias tomava o pequeno-almoço na sala de refeições. E isso não tem nada de mal se uma pessoa mal desse por ele. Mas não, sentado sempre na mesma mesa, mesmo na passagem da sala de refeições para o exterior, ora cantava ora gritava com os empregados à frente de quem estivesse a passar. Mas mesmo em mau tom. Notava-se claramente na cara dos empregados um desconforto enorme sempre que ele se dirigia a eles. Acho isto muito desagradável. Mesmo.

Mas vamos a fotos, que aquilo tem coisas mesmo muito bonitas.












Quanto a praias, a do Malhão foi a favorita. Ainda para mais, agora tem novas infraestruturas, tanto para estacionar o carro, como de acesso à praia. E tendo uma extensão de areia enorme, só com azar é que ficamos encostados a outras pessoas. Ainda assim, do hotel à praia, é uma meia horinha.



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